Lázaro Cauã Dantas, de 32 anos, morreu após receber uma descarga elétrica enquanto trabalhava na montagem de um show na praia da Aruana. A mãe da vítima, a ativista Gigi Poetisa, cobrou investigação e falou sobre a dor da perda durante entrevista no Jornal da Fan, na manhã desta terça-feira, 27.
“Hoje foi meu filho, amanhã pode ser outro trabalhador que pode morrer dessa forma. Eu estou inconformada. É a mesma coisa de receber a notícia que meu filho foi assassinado, porque meu filho foi assassinado pelo sistema e até hoje o dono da empresa não fala comigo, não me dá explicação, não me deu nem os ‘meus pêsames’”, declarou.
Essa falta de diálogo deixou a dor da família ainda pior. “O que é mais surpreendente é que quando eu soube do óbito do meu filho, ele já estava no IML. Não ligou para a família. A gente não tinha conhecimento que meu filho tinha morrido”, disse a mãe, que reclamou da falta de diálogo do dono da empresa com a família.
“Ele tem casa, tem mãe, eu sou Gigi poetisa, sou figura pública. Todo mundo sabia que ele era meu filho. Quando eu soube, ele já estava no IML. Eu estou desolada, é como se estivesse deserto, sem explicação. Não sei de nada, não sei o que aconteceu, como se deu a morte do meu filho”, afirmou.
Gigi não poupou críticas ao empresário. “Ele [o patrão] levou meu filho para montar um palco na praia da Aruana, onde haveria um evento lá, se eu não me engano, da Augustus [Produções]. Ele foi armar uma placa de LED, que nem era trabalho dele”, relatou
“A morte do meu filho chocou. Eu não sei por que ele morreu eletrocutado, pois essa não era a função dele nesse momento. Desse trabalho informal que ele fazia, que não tinha carteira assinada e ele trabalhava para essa empresa há dois anos dessa forma, com contratos temporários”, denunciou.
Segundo a mãe, o filho foi trabalhar já muito cansado no momento do acidente, que ocorreu por volta Ele foi colocar essa placa, mas já estava cansado, já era 22h30, ele trabalhava desde às 8h. “Eu soube que, mesmo assim, quando meu filho caiu, ele [o patrão] prestou socorro, mas disse aos outros trabalhadores que continuassem trabalhando”, relatou.
A produção do Jornal da Fan e a reportagem do Portal FanF1 tentaram entrar em contato com o empresário, que também não respondeu aos questionamentos.