Uma abordagem policial gerou confusão no bairro Coqueiral, na Zona Norte de Aracaju, na noite do último sábado, 25. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram trechos da ação. Em alguns momentos, populares denunciam agressão por parte dos agentes.
Em entrevista ao Jornal da Fan, da rádio Fan FM, nesta segunda-feira, 27, o tenente-coronel JLuiz, porta-voz da PM, deu detalhes sobre a ocorrência e negou truculência. Em suas palavras, os militares foram acionados ao local por conta de denúncia de perturbação do sossego alheio, mas houve resistência por parte dos denunciados.
“Nós chegamos ao local, pedimos para que as pessoas desligassem o som, fomos recebidos de forma agressiva, resistente, tanto sim, que tivemos que ter a necessidade de uma segunda viatura para ir ao local para dar apoio a primeira. As pessoas se recusaram a desligar o som. Quando os nossos policiais falaram que iriam lavrar um TCO, que é um Termo Circunstanciado de Ocorrência, aí começou uma resistência maior, inclusive, com agressão verbal”, afirmou.
Ainda segundo o tenente, como resultado, a proprietária da residência e outro homem que estava no local receberam voz de prisão.
“E nesse momento tivemos agressões verbais e resistência também da senhora. Foi necessário utilizar da força para que fossem efetuadas as prisões, inclusive, o recolhimento do som. O nosso policial também teve a mão machucada diante dessa ocorrência, foi conduzido, inclusive, para o hospital”, completou.
JLuiz, no entanto, reconheceu que houve falha no tratamento dado à mulher após a utilização de algemas.
“A Polícia Militar não compactua com os excessos, ali foi necessário utilizar a força, sim, mas os excessos, eles são descartáveis, os excessos são sobras, a gente, a Polícia Militar não compactua com os excessos. Nosso comandante-geral está preocupado com o comportamento dos policiais em todo o estado. Para investigar a verdade dos fatos, um procedimento administrativo de apuração está sendo instaurado”, finalizou.