A Secretaria de Estado da Mulher, Danielle Garcia, concedeu entrevista ao Jornal da Fan desta sexta, 21, a primeira após as eleições de 2024 que definiram Emília Côrrea como prefeita de Aracaju. Entre os assuntos abordados, Danielle foi questionada sobre as percepções dela em relação a licitação emergencial da coleta de lixo na capital sergipana, e diz que vê com preocupações a forma como o processo foi conduzido.
” Emília foi eleita, como ela mesmo diz, para furar a bolha do sistema, para colocar ordem na casa, e de repente a gente vê algumas coisas estranhas. Por exemplo, a licitação, o emergencial sendo feito com as duas empresas que passaram da licitação, mas que foi suspensa pela justiça, aquela confusão na abertura das propostas. Então eu acho que o desafio de Emília é um pouco maior do que seria para qualquer outro gestor, porque talvez fosse assim também para mim, porque nós somos na área da justiça, nós viemos, nós fizemos carreira na política, muito pela questão da justiça, por a gente estar ali sempre marcando em cima das coisas erradas que aconteciam. […] Mas enfim, tá muito cedo ainda pra dizer se há ou não há alguma coisa errada”, analisa.
Com uma análise receosa sobre a licitação emergencial, Danielle espera da prefeita Emília honestidade e transparência sobre o assunto.
“Sabe aquela coisa da mulher honesta? Não basta ser, tem que provar, né? É isso mesmo, infelizmente. Se nós nos colocamos, damos a nossa cara para estar aqui no cenário político, a gente que é operador do direito, a gente que combateu sempre a corrupção, tem que ser o mais principalmente possível, tem que mostrar como estão sendo feitas as coisas, né? Tem que comprovar que tudo está sendo feito de acordo com a lei, né? Senão nosso discurso vai por água abaixo, né? Essa imagem vai para o lixo e as pessoas perdem a confiança nos nossos trabalhos”, defende.