O Ministério da Saúde irá incorporar duas novas tecnologias para atenuar complicações causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), uma das principais causas de infecções respiratórias graves em bebês, no Sistema Único de Saúde (SUS).
A informação foi divulgada nessa última segunda-feira, 17 e, segundo a pasta, uma portaria sobre o assunto será publicada nos próximos dias.
De acordo com a Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS), o VSR é responsável por cerca de 80% de todos os casos de bronquiolite, principalmente entre os menores de 2 anos, e até 60% das pneumonias em crianças.
As tecnologias recomendadas são o anticorpo monoclonal nirsevimabe, indicado para proteger bebês prematuros e crianças até 2 anos nascidas com comorbidades, e a vacina recombinante contra os vírus sinciciais respiratórios A e B, dada em gestantes para proteger os bebês nos primeiros meses de vida.
Com a incorporação do nirsevimabe, a expectativa é ampliar a proteção para 300 mil crianças a mais do que o protocolo atual. Já a vacina para gestantes tem potencial para beneficiar cerca de 2 milhões de nascidos vivos.
De acordo com a Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS), o VSR é responsável por cerca de 80% de todos os casos de bronquiolite, principalmente entre os menores de 2 anos, e até 60% das pneumonias em crianças.
Até então, a principal opção disponível para a prevenção do VSR no SUS era o palivizumabe, destinado a bebês prematuros extremos (com até 28 semanas de gestação) e crianças com até dois anos de idade que apresentassem doença pulmonar crônica ou cardiopatia congênita grave.
Entenda as tecnologias
O nirsevimabe é um anticorpo monoclonal que fornece proteção imediata contra o VSR, sem necessidade de estimular o sistema imunológico da criança a produzir seus próprios anticorpos. Isso o torna especialmente útil para bebês prematuros e crianças com menos de dois anos que apresentam comorbidades.
Já a vacina recombinante contra os vírus sinciciais A e B induz uma resposta imunológica na mãe, garantindo que o recém-nascido receba anticorpos já na gestação, oferecendo proteção nos primeiros meses de vida, período de maior vulnerabilidade.