Foto: Montagem/ Metrópoles
A recente troca de declarações entre Flávio Amaral, pastor da Igreja Evangélica Ministério Libertos por Deus (LPD), e figuras da Igreja Católica, como o padre Marcelo Rossi e o padre Fábio de Melo, gerou grande repercussão nas redes sociais e na mídia.
Flávio Amaral causou polêmica ao criticar a luta de Padre Fábio de Melo contra a depressão. O pastor sugeriu que o transtorno do padre poderia estar relacionado ao medo de “sair do armário”, insinuando que o líder religioso seria homossexual. Em suas palavras, Amaral disse: “Padre com depressão por causa de sua vida sexual? Porque não saiu do armário, porque não casou com uma mulher, ou porque não tem um homem, ou porque não faz sexo?” A declaração, que rapidamente gerou reações de indignação, ainda foi acompanhada de uma sugestão de que a bíblia seria a solução para qualquer tipo de depressão.
O pastor, que se apresenta como “ex-travesti” e defensor de uma visão conservadora, também comparou influenciadores trans a “Satanás” e afirmou que um homem trans gerando um filho seria uma “abominação”. Essas falas exacerbaram a polêmica em torno de sua figura, especialmente por seus posicionamentos sobre a identidade de gênero e a sexualidade.
Em resposta, o padre Marcelo Rossi se solidarizou com o amigo e defendeu publicamente o padre Fábio de Melo, reiterando que a depressão não é uma “frescura”, como Amaral havia sugerido. O padre, que também enfrentou a doença, escreveu em sua conta no Instagram: “Amados, depressão não é frescura! Mas, tem cura. Glória a Deus! Cuidar do corpo, mente e espírito é essencial. A Alegria do Senhor é nossa força.” Marcelo Rossi, que compartilhou sua própria experiência com a depressão em uma entrevista ao programa “The Noite” do SBT, afirmou que a doença não deve ser subestimada, e destacou a importância de buscar ajuda para superar o problema.
O padre revelou que só passou a entender o peso da depressão quando foi diagnosticado e vivenciou o transtorno por sete meses. “O sacerdote muitas vezes é uma lata de lixo. Você escuta tantas coisas ruins que, se não tem uma experiência com Deus, aquilo vai te consumindo”, declarou Rossi, que agora dedica grande parte de seu tempo à prática de musculação, como forma de melhorar sua saúde mental e física. Ele incentiva seus seguidores a adotarem o “Treino Abençoado por Jesus” como uma maneira de combater a depressão.
As declarações de Flávio Amaral provocaram uma onda de críticas nas redes sociais, especialmente devido à sua postura em relação à homossexualidade e à identidade de gênero. A resposta de Padre Marcelo Rossi, no entanto, trouxe uma defesa da empatia e da compreensão para com os que sofrem de transtornos mentais, buscando promover uma mensagem de cura e superação.
Com informações do Metrópoles