Ao Jornal da Fan nesta quinta-feira, 20, José Cláudio dos Santos, de 57 anos, relatou ter sido preso por engano na noite da última terça-feira, 18, em frente a sua residência, no Parque dos Faróis, em Nossa Senhora do Socorro. Ele foi abordado por duas viaturas policiais quando voltava do trabalho.
Os agentes alegaram que o homem havia cometido um crime de homicídio. “Tava vindo do trabalho, ‘né’, aí quando ‘tava’ chegando perto de casa o policial pegou, me abordou e mandou eu encostar, me algemou e me levou para lá, para a delegacia plantonista’’, relatou.
José Cláudio dos Santos foi preso por volta das 18h30 e solto somente no final da manhã dessa quarta-feira, 19, passando por horas difíceis na cadeia. “É frio lá dentro, né? É ruim. E só de cueca lá dentro, a roupa ‘deixou’ tudo jogado do lado de fora, na entrada da cela. Eu fiquei com vergonha, nunca fui numa delegacia “, lamentou José Cláudio.
De acordo com o advogado da vítima do engano, Dr. Edbrandon Apóstolo, o cliente foi preso por engano por ter o mesmo nome do suposto autor do homicídio.
“ Assim que eu abri o processo, prontamente eu percebi que se tratava de pessoas homônimas, ou seja, pessoas com o mesmo nome, porém pessoas diferentes. O senhor José Cláudio dos Santos, o verdadeiro autor do fato, é natural de Arapiraca – AL, enquanto o meu cliente que está aqui é natural de Guarulhos – SP. CPFs diferentes, RG’s diferentes, nomes diferentes, nome da mãe e do pai diferente. Ou seja, uma série de diferenças, igual só o nome”, detalhou o advogado.
Dr. Edbrandon Apóstolo apontou ainda que houve uma “série de erros” das autoridades policiais e diz que tomará medidas cabíveis sobre o caso. “Pretendemos ingressar com uma ação judicial contra o estado para reparar esse dano sofrido pelo José Cláudio. De início o que a gente vai pleitear justamente é danos morais, pelo dano, o constrangimento sofrido por ele”, acrescentou.