De acordo com levantamento do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp), o transporte público coletivo de Aracaju e região metropolitana registra mais de 2 mil pulos de catraca por dia. Para investigar os casos, a Polícia Civil solicitou na última quinta-feira, 5, as imagens das câmeras de segurança dos ônibus ao Setransp.
O ato considerado um crime previsto no Código Penal, consiste na violação direta dos termos de uso do serviço de transporte público. Ao não pagar pela passagem, o passageiro está utilizando o serviço de forma indevida, o que equivale a um furto. A pena pode chegar a dois meses de detenção.
O prejuízo para as empresas concessionárias do transporte público é estimado em R$400 mil por mês. A presidente do Setransp, Raissa Cruz, explica que além desse prejuízo para as empresas, o ato também pode influenciar no preço final da tarifa.
“Além do risco de vandalismo, a prática do pulo de catraca influência na tarifa do transporte, que é calculada pela divisão do custo do serviço e pelo número de passageiros pagantes”, afirma.
O Setransp também calculou que em apenas uma madrugada, duas linhas exclusivas da Operação Corujão, registraram 95 pulos de catraca. Na última quarta-feira, 5, por exemplo, foram contabilizados em duas viagens da linha exclusiva da Eduardo Gomes e Tijuquinha Via Tancredo Neves, 30 pulos de catraca. Já em duas viagens, da linha M. Freire II/ Piabeta e Albano Franco, 65 pessoas não pagaram a tarifa e utilizaram o serviço pulando a catraca.
A Delegacia Geral da Polícia Civil de Sergipe determinou o início dos trabalhos, visando a apuração dos danos registrados e a responsabilização dos envolvidos. Inclusive, como as ações foram cometidas por várias pessoas juntas, os atos podem configurar como associação criminosa.