Ex-funcionária do Santa Isabel denuncia falta de pagamento do piso da enfermagem

hospital-maternidade-santa-isabel

A técnica de enfermagem Rosália Farias dos Santos, que trabalhou no Hospital e Maternidade Santa Isabel durante 12 anos, reivindica o pagamento retroativo do piso da enfermagem. A ex-funcionária explicou o caso e a unidade de saúde respondeu ainda durante o Jornal da Fan, da rádio Fan FM, na manhã desta quinta-feira, 1º.

Segundo Rosália, existe um valor retroativo do piso da enfermagem a ser recebido pelo Hospital Santa Isabel desde outubro do ano passado, data em que ela saiu da unidade. “Passou novembro, passou dezembro, janeiro e não recebi. A informação que eu venho acompanhando pelo Coren (Conselho Regional de Enfermagem) é que houve um trâmite de contrato que o Santo Isabel prestava um contrato para a prefeitura municipal de Aracaju até setembro, daí em diante começou com o estado”, afirma a enfermeira.

Rosalía ainda afirma que precisa de uma resposta, já que deixou a unidade e também passou recentemente por um procedimento cirúrgica e está em recuperação, mas o diálogo com representantes do Hospital não tem sido facilitado. “A gente liga para o Santa Isabel e a responsável pelo RH nunca está disponível. Eu passei dez dias ligando para lá de manhã e à tarde e eu nunca conseguia falar com ela. Às vezes eu dizia assim: ‘ó eu vou ter que comunicar à imprensa. Aí pronto, ela entrava em contato comigo’”, relatou.

Assim que esse caso chegou ao Jornal da Fan, a direção do Santa Isabel foi acionada para responder. De tal forma, a advogada da unidade Rose Morais explicou que, no caso de Rosália, pode ter havido uma confusão por ela ter mais de um local onde trabalhava, uma “duplicidade de vínculo”.

“O Ministério da Saúde é quem faz ess listagem de hospitais e repassam as listagens de listas funcionais, indicando quais são as cargas horárias e o Ministério da Saúde, até agosto do ano passado, tinha um entendimento diferenciado sobre a duplicidade de vínculos. Então ele entendia que dessa forma, aquelas pessoas que tinham vínculos, em dois ou mais hospitais, faziam a junção desses vínculos para que o repasse seja em apenas um deles”, disse a advogada.

Contudo, a situação não é referente apenas à Rosália, que informou haver outros enfermeiros no hospital que também não receberam, mas que preferem não procurar a imprensa, já que ainda prestam serviço na unidade.

Quanto a isso, a advogada também explicou. “O repasse é feito numa planilha, com o CPF, e o hospital, qualquer que seja, ele direciona essa verba para os trabalhadores identificados na planilha. E aí, as pessoas que não vieram. O que a gente faz? A gente faz um novo recorte indicando para o Ministério da Saúde, que todo aquele contrato, seja a prefeitura, seja o Estado, que houve inconsistência em algum lugar daqueles recursos. E aí, para essas pessoas, a gente abriu um canal de atendimento”, divulgou Rose Morais.

 

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.