Durante entrevista no Jornal da Fan, o presidente da Associação de Corretores de Imóveis de Sergipe (ACI-SE), Anderson Ramos, criticou, na manhã desta quarta-feira, 27, as associações pró-construção que, segundo ele, afetam todo o setor imobiliário em Sergipe.
“É uma concorrência desleal com as construtoras e, para nós, não existem corretores de imóveis nas transações. Então isso já afeta, em si, toda a categoria. É um processo que eles mesmo vendem sozinhos”, relatou Anderson.
O presidente apresentou argumentos sobre uma suposta fragilidade nas transações comerciais. “Essas associações evitam diversos impostos, mas também evitam diversas garantias, que eles não dão aos clientes: garantia de entrega obra e até trabalhistas, em que tudo fica para os cotistas”, disse.
Para coibir esse tipo de ação, o presidente da ACI apontou que o principal órgão é o Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Sergipe (Creci-SE). “Tem que cair em cima, fiscalizar, mostrar, com medidas educativas primeiramente, mas, em seguida, mostrar que está sendo cometido um crime”, alegou.
Ainda segundo Anderson, outros órgãos também devem participar dessa fiscalização, mas que as associações não mostram comprometimento. “Há diversos processos no Ministério Público e, recentemente, tivemos duas audiências, em que eles não compareceram”
O presidente também questionou a morosidade das ações que precisam ser tomadas. “Em outros estados, quando lançam um empreendimento desta forma, já barram totalmente a obra”, afirmou.
Além disso, para o presidente, essa é uma situação que atinge diretamente os corretores de imóveis. “A gente sabe que o público é de alto padrão e as pessoas podem pensar que é uma briga da Construtora Celi, mas não, é uma briga de todo o mercado imobiliário”, contou.