A manhã desta sexta-feira, 1º, foi marcada por intensa movimentação no setor de transporte público em Aracaju. Em face à paralisação da Viação Progresso, o superintendente Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) da capital, Renato Teles, falou ao vivo no Jornal da Fan, da rádio Fan FM.
O gestor respondeu sobre a possibilidade de intervenção e retirada da empresa Progresso no sistema de transporte público da Região Metropolitana de Aracaju.
“Para a SMTT assumir a empresa, não. Há outras experiências no país, como por exemplo em Salvador, que fez uma seleção desse modelo, mas é dificílimo, porque a forma de fazer aquisição de pneus, parafusos, combustíveis é muito moroso, então não temos a agilidade para assumir a empresa e nem a capacidade para fazer a operação”, declarou o superintendente.
Narcizo Machado ainda aproveitou para perguntar se há a possibilidade de fazer a troca de empresas. “Não é descartada (a possibilidade). Mas, para dar um exemplo aqui do lado, em Salvador, uma das empresas entregou, desistiu de operar e a Prefeitura buscou interessados no Brasil inteiro, abriu processos de chamamento público e não conseguiu nenhum interessado”, destacou o gestor.
O superintendente continuou: “Ao mesmo tempo que, para trazer uma outra empresa, como ficariam esses funcionários? Como provar que essa nova empresa assumiria esses funcionários? Então também temos que olhar não só a questão de atendimento à população, mas também a situação dos funcionários”, alegou Renato Teles.
O gestor aproveitou para deixar claro também qual o objetivo do subsídio aprovado pela Câmara de Vereadores de Aracaju. “A lei diz respeito ao aumento dos custos envolvidos no sistema, em que, ao invés de passar para o usuário, a Prefeitura resolveu fazer o custeio. Não é um socorro para as empresas. Claro que existe o entendimento das empresas de dar um foco maior no pagamento dos salários, em especial os atrasados, mas o subsídio é para o congelamento da tarifa, para não haver aumento de preço”, frisou o superintendente.
