Em entrevista ao programa Sergipe Verdade da rádio SIM FM, nesta terça-feira, 7, o vereador do município de Lagarto, Matheus Correa, comentou sobre o projeto de lei que autoriza a permuta de imóveis públicos da cidade em troca do uso de áreas pertencentes ao Grupo Maratá.
“Eu pessoalmente já me posicionei contrário ao projeto. Eu sou a favor do desenvolvimento de Lagarto, a favor da geração de emprego, mas sobretudo, sou a favor da defesa do nosso patrimônio, a defesa do povo lagartense. O povo lagartense em sua esmagadora maioria é contrário a esse projeto que chegou à Câmara de Vereadores. Então a gente agradece muito a todos que chegam aqui em Lagarto, que investem, que geram empregos para o nosso município. Mas a gente não pode ceder um patrimônio público dessa forma, porque sequer foi descrito como foi feita essa avaliação. Porque avaliaram o parque Nicolau Almeida em 18 milhões de reais? Não tem dizendo aqui, não tem avaliação de um corretor de imóveis, de uma empresa especializada, não tem nada”, contou.
O vereador também fez críticas à elaboração do projeto pela prefeitura.
“Já me posicionei contrário, também pela falta de respeito do poder executivo, da prefeita, para com a Câmara de Vereadores, porque esse projeto aqui, ele tinha que ser elaborado por diversas mãos. Caso ele viesse tinha que escutar a Câmara de Vereadores representantes do povo, tem que escutar a sociedade civil, tinha que escutar muitas pessoas, mas esse projeto foi elaborado por poucas mãos e chegou aqui dessa forma. Então, eu discordo da forma como foi elaborado e discordo do teor do projeto. Além de que, a gente não pode dar um cheque em branco como esse. Nada contra a pessoa do empresário, nada contra o grupo empresarial, nada contra, pessoalmente quem elaborou o projeto que, na minha visão, é um projeto equivocado”, afirmou.
Ele também afirmou que não vê necessidade de apressar o processo de votação do projeto, já que existem outras pautas mais relevantes de interesse público a serem discutidas pelos vereadores.
“O meu foco aqui é o interesse público, ver o que é melhor para Lagarto. Como mencionei aqui hoje, a gente não vê discussões de urgência, como foi solicitado pela prefeita, que fosse votado com urgência. A gente não vê essa urgência para atualizar o plano diretor, a gente não vê urgente para votar um plano de mobilidade urbana para Lagarto, a gente não vê urgência para pagar os servidores, que não pagou os servidores da saúde ainda, diversos servidores estão sem receber. Então são diversas coisas que a gente não vê urgência, não tem essa urgência toda. Então é incompreensível muitas vezes a forma com que o executivo trata o legislativo aqui em Lagarto e a gente não admite essa forma de fazer política”, disse.