Nesta terça-feira, 7, a Justiça Federal autorizou a transferência dos agora ex-policiais rodoviários federais, envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus.
O pedido de transferência havia sido feito pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Sergipe, que alegou haver uma reforma programada para o próximo ano na unidade e que os homens já não são mais agentes.
William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima estão detidos no Presídio Militar de Sergipe e aguardam julgamento na unidade desde outubro do ano passado.
As defesas dos três ex-agentes se posicionaram contra as transferências. Segundo os advogados, a ação pode colocar em risco a integridade física dos acusados.
Relembre o caso
Genivaldo de Jesus Santos foi morto no dia 25 de maio do ano passado, após uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na cidade de Umbaúba, quando foi colocado no porta-malas da viatura com uso de spray de pimenta e gás lacrimogêneo. O laudo do Instituto Médico Legal apontou a morte por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda.
Os três agentes foram exonerados em agosto deste ano e, após a conclusão do inquérito realizado pela Polícia Federal, eles foram indiciados por abuso de autoridade, tortura e homicídio triplamente qualificado. O caso seguirá para júri popular.