Em Sergipe, mais pessoas morreram no trânsito no primeiro semestre de 2023 do que no mesmo período de 2022, segundo o Instituto de Analises e Pesquisas Forenses (IAPF).
Os dados divulgados nesta segunda-feira, 16, apontam que, em 2022, foram registradas 105 mortes, e em 2023, 127, o que representa um crescimento de 20,95%.
Em 57,5% dos casos com óbito, ou seja, em 73 ocorrências, houve resultado positivo para o consumo de bebida alcoólica. O dado constitui um aumento de 55,3% em relação a 2022, quando foram registradas 47 mortes com confirmação de ingestão de álcool.
O levantamento também traçou o perfil das vítimas fatais em Sergipe. Cerca de 114 homens morreram no trânsito, enquanto 13 mulheres perderam a vida em acidentes da mesma natureza.
Com relação às faixas etárias mais envolvidas no acidente, o levantamento aponta que das 127 mortes, 32 foram de pessoas entre 25 a 34 anos.
Em segundo lugar, com 24 mortes, está a faixa etária compreendida entre 45 a 44 anos. Já na terceira posição, com 22 mortes, está a faixa etária de 45 a 54 anos.
Incidência de acidentes e combinações fatais
De acordo com o perito criminal Ricardo Leal, integrante do Laboratório de Toxicologia Forense do IAPF, a combinação entre o álcool e drogas ilícitas também potencializa as chances de mortes no trânsito.
“São combinações como álcool e cocaína. Foram poucos casos, somente nove desses 127, mas a gente observa que, principalmente no interior do estado, há uma relação entre o uso de drogas com acidentes fatais envolvendo motocicletas”, explicou.