Entre 2011 e 2020, 466 mortes envolvendo menores de 18 anos de idade em acidentes de trabalho foram registradas no Brasil.
Segundo estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicado nesta sexta-feira, 13, o número representa uma média de 2,5 mil acidentes e 47 mortes por ano.
As bases de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), que registram acidentes de crianças e adolescentes com idade entre 5 e 17 anos, serviram como ponto central para o levantamento.
De acordo com cálculos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), mais de 1,8 milhão de menores de idade com essa faixa etária (4,6%) eram vítimas de trabalho infantil em 2019.
A parcela indicada no estudo corresponde a 3% do total de acidentes graves de trabalho documentados pelo Sinan. Além disso, percebe-se que o setor de serviços tem sido o que mais agrava a situação de trabalho infantil no país, atualmente.
A origem, é, principalmente, o emprego como entregador de delivery ou outros produtos, vendedor ambulante em centros urbanos, trabalhador doméstico ou de cuidador.
Na década sob análise, houve aumento de 3,8% no número de registros de acidentes com crianças de 5 a 13 anos, idade em que o trabalho é ilegal, segundo a legislação brasileira.
Fonte: Agência Brasil