Comunidade da Farolândia não aceita construção de Ecoponto e pede uma praça no local

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Em relato à equipe de reportagem do Jornal da Fan, da rádio Fan FM, nesta quinta-feira, 5, moradores da Rua Dr. Jorge Cabral, no bairro Farolândia, em Aracaju, expuseram insatisfação com a possibilidade de transformação de uma área verde lotada na região em um Ecoponto. 

Segundo a comunidade, a revolta envolve uma questão de saúde pública e qualidade de vida. Moradores afirmam que havia a promessa de que área fosse transformada em uma praça, no entanto, a intervenção não chegou a ser realizada.

“Aqui é uma área residencial, quando foi feito esse loteamento, foi vendido pela Serep e foi destinada essa área para uma praça, para uma área verde, e não para uma lixeira. Agora, querem transformar o nosso bairro em uma lixeira, vão fazer um Ecoponto, onde a gente vai conviver com caçamba entrando, saindo, caminhões, ratos e mau cheiro”, disse uma moradora. 

Outra reclamação feita pela comunidade é em relação ao descarte de resíduos no local, realizado, segundo relatos, de maneira indiscriminada e em horários inapropriados. 

“Essa noite, a madrugada inteira, as pessoas sem conseguir dormir com a movimentação de caçamba e de pessoas aqui nesse terreno. Hoje, às 4 e pouca da manhã já tinha gente no meu Whatsapp mandando mensagem que não consegue dormir, porque já tem movimentação de conversa, de barulheira”, disse outra cidadã da região. 

Durante a entrevista, o presidente da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), Bruno Moraes, foi contatado para fornecer esclarecimentos à comunidade. 

“A gente entende que a comunidade, por desinformação, acaba gerando essa insegurança de como é que se trata um Ecoponto, do que é um Ecoponto, porque eu ouço aí nas palavras do morador a preocupação que acha que vai se transformar em um lixão. Na verdade, o Ecoponto não tem nada a ver com lixo, o que se tem em um Ecoponto é uma unidade de entrega de produtos que podem ser gerados, junto à economia familiar das cooperativas, que são produtos recicláveis de entrega voluntária, porém, de uma forma identificada”, explicou. 

De acordo com Bruno, a região mencionada pela população local é usada de forma recorrente para o despejo de produtos irregulares, e por isso, foi escolhida como um espaço propício para a instalação de um Ecoponto, que tem a finalidade de possibilitar a correta destinação dos resíduos sólidos.

“Essa área foi requisitada num percentual das áreas verdes, para que se fosse construído o Ecoponto, para que a gente pudesse transformar a situação e normalizar esse descarte que acontece de forma irregular”, disse ele, ao que acrescentou: “São Ecopontos abraçados pela comunidade porque gera iluminação, gera segurança, porque a gente tem as câmeras instaladas no Ecoponto, e através das câmeras, a própria empresa que gerencia fiscaliza riscos de furtos, como também gera limpeza, uma limpeza muito maior na área”. 

Durante a entrevista, os moradores afirmaram que a área não está sinalizada quanto à instalação do ponto. Eles também cobraram a possibilidade de utilizar o terreno também para a construção de uma praça.

Em resposta, Bruno Moraes afirmou que irá entrar em contato com a Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) para verificar a possibilidade de contemplar os pedidos. 

“Eu não posso precisar para vocês se vai se construir uma praça, porque isso acontece na pasta da colega Emurb, mas posso me comprometer com o programa, e assim que tiver a informação do colega Ferrari (diretor-presidente da Emurb), posso entrar em contato e levar a informação se a Emurb tem planejamento para a construção de uma praça no local”, finalizou.

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