Katarina comenta destinação de resíduos sólidos em meio à crise de municípios: “É cobrir um santo e descobrir outro”

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Em entrevista ao programa Sergipe Verdade, da rádio SIM FM, nesta quarta-feira, 13, a deputada federal Katarina Feitoza (PSD) defendeu  a revisão da política ambiental de Sergipe no tocante à destinação dos resíduos sólidos e a união entre todas as esferas – municipal, estadual e federal – para auxiliar na transição entre lixões e aterros sanitários. 

Recentemente, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares) determinou que todos os lixões do Brasil sejam eliminados até 2024. Na perspectiva da deputada, no entanto, a medida, que vai trazer mais custos para os mandatários das cidades, é preocupante em meio ao cenário de queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). 

“Vem a necessidade e a obrigatoriedade de se regularizar a questão dos resíduos sólidos, do lixo, vulgarmente falando. E os municípios se vêem nessa situação, tendo que regularizar, mas sem condições financeiras para tanto. É cobrir um santo e descobrir outro. Se se faz isso, deixa outros serviços sem fazer porque não existe milagre, não existe multiplicação dos pães, o recurso é um só”, disse ela.

De acordo com Katarina, uma possível solução para a problemática é discutir, junto a órgãos ambientais e de controle, a formatação da política de destinação de resíduos sólidos no estado. 

“Sergipe tem uma política formatada sobre essa questão de resíduos sólidos, só que ela precisa ser revista. Ela precisa ser revista, precisa ser atualizada”, afirmou Katarina, ao que completou: “Não é possível que um município ande quase 100 quilômetros para poder despejar, fazer o transbordo do seu lixo. Nós precisamos rever a questão da política de resíduos sólidos no estado, nós precisamos dessa união de esforços entre os municípios, os órgãos do estado e os órgãos da União”. 

Na oportunidade, ela também defendeu a destinação de aporte financeiro para que os municípios possam custear equipamentos e etapas necessárias para a instalação definitiva de aterros sanitários.

“Precisamos fomentar junto aos ministérios, tanto do Meio Ambiente como das Cidades, linhas de financiamento, linhas de crédito, para que os municípios possam se adequar comprando alguns maquinários, os consórcios também, para que eles possam ser melhor equipados”, finalizou. 

 

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