Mulheres relatam importunação em condomínio na Zona Sul: “A gente está denunciando e esse cara está livre”

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Um homem está sendo investigado após acusações de importunação sexual contra moradoras de um condomínio, no bairro Atalaia, Zona Sul da capital.

Segundo a Polícia Civil, a informação é de que o suspeito tem transtornos mentais. Os boletins de ocorrência prestados pelas vítimas foram encaminhados para o Departamento de Atendimento aos Grupos Vulneráveis (DAGV).

Em entrevista ao Jornal da Fan, nesta quarta-feira, 23, mulheres relatam como essas importunações começaram, além das idas recorrentes a unidades policiais para prestar queixa da situação. A mãe de uma das vítimas, explica quando as perseguições começaram.

“Essa importunação começou há um mês e meio com a minha filha, que tem 21 anos, e com a filha de uma amiga minha que trabalha em uma loja aqui na Orla de Atalaia, que tem 15 anos. Inclusive, essa loja teve que ficar fechada uns quatro dias, porque essa pessoa começou a ameaçar a menina com uma barra de ferro, começou a segui-la, e aí a proprietária da loja, que é tia dela, ficou apavorada e fechou a loja”, relatou.

Ela conta que, com a sua filha, o suspeito chegou a fazer perseguições.

“Com a minha filha, ele começou a atacar ela, querer levar ela para a casa dele para ler livros. Ela estava na praia, e ele começava a passar pelo meio do grupo de amigas dela com barra de ferro. Da última vez, ela usa condução, anda de ônibus, e aí ele a seguiu até o local em que ela trabalha. Ela percebeu que era ele, conseguiu descer em um ponto onde desceram algumas pessoas e conseguiu despistar”, afirmou.

Ela também apela pelo início dos processos. “A gente está denunciando e esse cara está livre, passa encarando a gente, ameaçando, e aí? Até a polícia chegar, o que a gente vai fazer? O cara tem uma barra de ferro, o cara anda com um facão, anda com uma arma na cintura, ele já esfaqueou um cuidador e o processo interno foi arquivado pelo laudo de esquizofrenia”, concluiu.

Ainda na entrevista, o assessor de comunicação da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Lucas Rosário, afirmou que o suspeito foi identificado como um ex-militar.

“Pela informação que a gente teve, ele é um ex-militar, já faz mais de 15 anos que ele foi afastado da corporação, não sei exatamente por qual motivo”, afirmou ao que ele concluiu “Mas isso independe nos procedimentos que a polícia vai tomar e com certeza irá se dar uma resposta em relação a isso”.

O suspeito ainda será investigado pelos crimes de furtos e roubos pela Delegacia de Turismo (Detur).

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