Os alertas de desmatamento bateram recorde no Cerrado, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta quinta-feira, 3. Já na Amazônia, os alertas chegaram ao menor índice em quatro anos.
No Cerrado, o segundo maior bioma do país, foram 6.359 quilômetros quadrados de área derrubada de janeiro a julho deste ano, a maior parte deles na região do Matopiba, que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Os avisos do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) aumentaram 21% no período.
No caso da Amazônia, os alertas de desmate entre janeiro e julho deste ano caíram 42,5%. No semestre anterior, a tendência era de aceleração do desmatamento. Entre agosto de 2022 e julho deste ano, o Deter emitiu alertas para uma área de 7.952 quilômetros quadrados.
Na Amazônia a área que deve ser preservada é de 80% da propriedade. No Cerrado, ao contrário, apenas 20% devem ser mantidos em pé. Por isso, o desmatamento do Cerrado é, em grande parte, autorizado, o que impede autuações por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Foto: Juca Varella
