Na manhã desta sexta-feira, 28, o Jornal da Fan, da rádio Fan FM, recebeu a coordenadora médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Tácia Lorena, que falou sobre a importância e os desafios enfrentados pelo serviço.
Na oportunidade, a coordenadora reforçou que a triagem e a coleta de dados são práticas fundamentais para ofertar o melhor serviço ao usuário que precisa de atendimento.
“Precisamos saber quais são as condições daquele paciente para poder disparar a viatura de maneira adequada… A partir daí é que a gente vai disponibilizar o recurso, se é uma Unidade de Suporte Básico (USB), que é tripulada por um condutor e um técnico, se é uma Unidade de Suporte Avançado (USA), que é a viatura que tem, além do condutor e um técnico, um médico e um enfermeiro… Por isso que precisamos dessas perguntas, para que a gente consiga disparar a viatura e o recurso adequado sem perder tempo”, explicou.
Tácia Lorena destacou ainda o grande número de trotes que o Samu recebe diariamente, atrapalhando a oferta do serviço e o atendimento de quem realmente precisa.
“A gente tem uma sala de monitoramento que é diário, de 24h, e a gente registra que, por mês, o Samu tem em torno de 45 mil ligações, com uma média de 9% de trotes. Os trotes são muito maléficos tanto para o serviço, quanto para o usuário, porque a partir do momento que você congestiona a linha com uma ligação de trote, a gente deixa de atender um outro chamado que talvez fosse mais urgente”.
E finaliza: “Às vezes a gente chega até a disparar o recurso, a viatura chega onde foi dito que seria a ocorrência, e quando chega lá, descobre que não existe. Deixamos de disparar a viatura para uma outra ocorrência, porque a tela não para, são aproximadamente 1200 ocorrências por dia de ligações, então a gente desgasta demais a equipe e o serviço a troco de nada”, lamentou a coordenadora.
