Em entrevista ao Jornal da Fan, da rádio Fan FM, nesta quarta-feira, 26, o tenente-coronel J. Luiz, da Polícia Militar de Sergipe, afirmou que a filosofia de polícia comunitária no estado perdeu espaço para a operacionalidade nos últimos anos. Na oportunidade, ele disse que há perspectiva do comando-geral vigente da corporação de reativar a filosofia organizacional.
“O comandante-geral, assim que ele assumiu, assumiu um compromisso com a população de reiterar, de reforçar, de reativar, digamos assim, a filosofia do policiamento comunitário nas nossas unidades. Nós temos 12 batalhões de Polícia Militar, que são comunitários, entretanto, pela demanda do serviço, a filosofia do policiamento comunitário foi perdendo espaço para a operacionalidade”, afirmou.
A polícia comunitária tem como premissa o estreitamento de relações entre as forças policiais e a comunidade, com o objetivo de que, juntas, essas esferas possam colaborar para o bem comum e a resolução de problemas contemporâneos.
De acordo com o tenente-coronel, no entanto, houve, nos últimos anos, um investimento em unidades especializadas, em detrimento ao contato mais expressivo dos batalhões de área com a população.
“Houve, em governos passados, comandos passados, um alto investimento nas unidades especializadas, como o Getam, Choque, Radiopatrulha, Gati, e houve a criação de outras unidades especializadas, porque colocaram na conta as esperanças nessas unidades para a redução da criminalidade, e 80% das ocorrências que a gente atende, são atendidas pelo batalhão de área”, disse ele, ao que acrescentou: “É o policial que está ali no dia a dia, nas ruas, nas avenidas, que vai atender Maria da Penha, por exemplo, que vai atender uma ocorrência de furto, briga entre vizinhos, roubo de celulares, então ele está ali para fazer o policiamento preventivo e ter esse contato mais amiúde, mais próximo da comunidade”.
Segundo o tenente-coronel J.Luiz, uma coordenação estadual de polícia comunitária foi delegada, visando articular a filosofia como um “padrão” em Sergipe.
“Tem cursos, especialistas nessa área, e nós estamos trabalhando para que a polícia comunitária venha a se firmar novamente como um padrão de policiamento no nosso estado”, finalizou.